O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse nesta quarta-feira (15) conforme a Reuters, que deixará o cargo até o final de junho, meses depois de entrar em conflito com a Casa Branca por deixar de dizer se aceita o consenso científico sobre o aquecimento global.
Malpass, indicado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, vai desocupar o comando do banco multilateral de desenvolvimento, que fornece bilhões de dólares por ano em financiamento para economias em desenvolvimento, com menos de um ano para o fim de um mandato de cinco anos
Ele não ofereceu nenhuma razão específica para a decisão e disse em um declaração: “Depois de muito pensar, eu decidi perseguir novos desafios.”
No último outono norte-americano, Malpass foi criticado pela Casa Branca depois de se recusar a dizer que apoiava o consenso científico sobre as mudanças climáticas. Mais tarde, ele se desculpou e reiterou sua visão de que a atividade humana contribui para as mudanças climáticas.
Mais recentemente, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, lançou um grande esforço para reformar a maneira como o Banco Mundial opera para garantir empréstimos mais amplos para combater as mudanças climáticas e outros desafios globais.
Uma fonte familiarizada com a decisão disse que Malpass informou Yellen sobre sua saída na terça-feira.
O final do ano fiscal foi um momento natural para se afastar, afirmou a fonte. Espera-se que os diretores do Banco Mundial aprovem o roteiro do banco para reformas com apenas pequenas alterações nas reuniões da primavera norte-americana do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial marcadas para meados de Abril.