O pastor Silas Malafaia pediu que líderes religiosos boicotem o encontro organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a divulgação de fake news. O evento Paz e Tolerância nas Eleições, marcado para hoje, tem como objetivo firmar um termo de cooperação entre os representantes de diversas religiões e representantes da Corte.
“Eu só acredito que um líder religioso vá aparecer na reunião hoje se ele for alienado, está por fora desses fatos ou é esquerdopata. Um líder religioso que sabe das coisas não vai cair nesse jogo. Nós não vamos ser usados por esses interesses mesquinhos”, disse Malafaia.
No vídeo, de cerca de dois minutos, publicado no YouTube e compartilhado nas redes sociais, o pastor questiona se o presidente do TSE, Edson Fachin, “pensa que somos idiotas”. Para Malafaia, o magistrado quer “blindar o tribunal” e “isolar” o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Malafaia também chamou Fachin de “esquerdopata de carteirinha”, disse que foi ele quem “soltou Lula”, e afirmou que o ministro “fez campanha para a [ex-presidente] Dilma [Rousseff] ser eleita” e que somente por isso teria conseguido uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Depois, o pastor fez uma publicação sobre o encontro e debochou: “representação evangélica na reunião política do ministro Fachin 0,00001. Só kkkkk muito kkkkkk”.
REPRESENTAÇÃO EVANGÉLICA NA REUNIÃO POLÍTICA DO MINISTRO FACHIN 0,00001 . Só kkkkk muito kkkkkk !
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) June 6, 2022
Segundo nota do TSE sobre o evento, os termos de cooperação não têm prazo de vigência pré-determinado e preveem que as lideranças religiosas “se comprometam a promover ações de conscientização sobre a tolerância política, a legitimação do pensamento divergente e exclusão da violência durante as pregações, sermões e homilias, ou ainda em declarações públicas ou publicações que venham a fazer”. Além disso, há uma proposta para que seja divulgado o material produzido pelo Tribunal.