A sabatina de Cristiano Zanin ainda nem havia acabado e o Senado já começava a discutir, nos corredores, a próxima indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Após darem sinal verde ao advogado de Lula, os parlamentares querem emplacar segundo a coluna Estadão, um nome de consenso da Casa para a cadeira da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro.
Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um dos principais cotados para a função, no entanto, adotam cautela por acreditarem que Lula pode priorizar a escolha de uma mulher para substituir Rosa.
Pacheco teria, neste cenário, a sinalização de poder ser indicado para as vagas de Luís Roberto Barroso ou de Cármen Lúcia, contando que os dois antecipem as suas aposentadorias em 2025. Cármen, que também é mineira, é vista como a “troca” ideal para Pacheco.
Além disso, Pacheco prefere terminar o mandato na presidência do Congresso, que dura dois anos. A aposta é vista como arriscada por alguns congressistas por envolver muitas variáveis. Pessoas próximas ao presidente do Senado garantem que um convite ao STF não tem como ser rejeitado, independente de quando for feito.
Outro nome visto como favorito pelos senadores é o de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), que é aliado de Renan Calheiros (MDB-AL). Dantas, inclusive, esteve no Senado antes da sabatina de Zanin, nesta quarta.