O que disse Lula:
- O relançamento oficial do programa foi feito nesta manhã no Palácio do Planalto.
- Como anunciado previamente, o foco será em profissionais brasileiros, mas não haverá restrições. “O que importa para nós não é saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente”, afirmou Lula.
- O governo também oferecerá incentivo para revalidação de brasileiros formados no exterior. Está previsto que o Estado financie pelo menos 50% da prova de quem precisar.
- O presidente disse compreender que é mais trabalhoso encontrar médicos que se disponham a ir a cidades de difícil acesso, mas lembrou que somente a população local sabe a falta que um profissional de saúde faz.
- Lula disse ainda que, apesar de muitas pessoas terem sido contra a criação do Mais Médicos, “inegavelmente foi um sucesso excepcional”.
Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui. Se não tiver, vamos fazer chamamento para que médicos estrangeiros ocupem esta tarefa.”Lula
Lula lembra ataques a médicos cubanos
O presidente também citou que os profissionais de Cuba, que tiveram muita participação na primeira versão do programa, foram mal vistos no país e não aceitos por muitas pessoas no Brasil. Lula considerou que os referidos médicos merecem desculpas.
Tentaram acabar com o Mais Médicos. Venderam toda uma imagem negativa de forma pejorativa e não tiveram sequer a vergonha de pedir desculpas aos médicos cubanos que foram embora deste país”, disse Lula.
O Mais Médicos foi um sucesso extraordinário, pois tem três tipos que precisam desse tipo de política: as pessoas que vão ser atendidas, os médicos que vão trabalhar e os prefeitos e prefeitas das cidades pequenas e médias.”, disse Lula.
O novo programa:
- O programa mudou de nome, passando a se chamar “Mais Médicos para o Brasil”.
- Serão 15 mil vagas só em 2023: 5.000 saem em edital em maio, 5.000 no primeiro semestre e outras 5.000 no segundo, segundo o Ministério da Saúde.
- As 10 mil vagas seguintes serão oferecidas formato que prevê contrapartida dos municípios. “Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades”, informa o ministério.
- O investimento total do governo será de R$ 712 milhões neste ano.
- Também serão incluídos profissionais especializados, dentistas e enfermeiros.
Com a visão de fortalecimento da atenção primária, anunciamos também o credenciamento de equipes de consultórios de rua de saúde bucal”, disse Nísia Trindade, ministra da Saúde
Críticas da oposição
- Criado no governo de Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi alvo de críticas por parte de adversários e perdeu força na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- Bolsonaro e aliados se queixavam do fato de o programa trazer profissionais de Cuba para cuidar da saúde no Brasil.
- Em diferentes ocasiões, o ex-presidente questionou a competência dos profissionais estrangeiros e acusou o Mais Médicos de ser usado para financiar o governo cubano.