Mais de meio milhão de eleitores (500.727) estão aptos a votar no exterior, em 171 cidades diferentes. É um número maior do que nas eleições de 2014, quando 354.184 eleitores se cadastraram para votar para presidente da República.
O número equivale a menos de 0,35% dos mais de 147 milhões de eleitores que poderão votar em outubro.
Como o eleitorado que vai votar no Brasil, no exterior, a maioria dos eleitores cadastrados (quase 60%) é de mulheres. E 34% têm ensino superior completo. É o caso da pesquisadora brasileira, com cidadania canadense, Ana Beatriz Dias, que mora em Montreal. Ana Beatriz faz questão de votar para presidente da República.
“É um pouquinho mais chato transferir o título, e demora mais ou menos seis meses para receber o título. O voto é feito no consulado, no dia da eleição. Lá são montadas algumas urnas, bem parecido com o sistema das escolas no Brasil” explicou Ana Beatriz. “Acho que faz parte votar. Mesmo estando aqui, sendo cidadã canadense, eu quero um Brasil melhor. Então, me informar a respeito dos candidatos me faz continuar me sentindo brasileira.”
Do total de eleitores no exterior, cinco resolveram usar nome social para escolher seus representantes, ou seja, vão usar o nome pelo qual preferem ser chamados cotidianamente, independentemente do gênero registrado no documento de identidade. O Tribunal Superior eleitoral (TSE) registrou ainda que 657 eleitores têm alguma deficiência, a maioria (155) de locomoção.
Não há nenhum eleitor com 16 ou 17 anos. E estão cadastrados 11.596 eleitores com mais de 70 anos. O voto para jovens entre 16 e 18 anos e para os idosos acima de 70 anos é facultativo.