A maioria dos 2,8 milhões de empresas em atividade no país teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, em meio à pandemia. Quase metade delas postergou a quitação de impostos como medida para poder ajudar nas contas, de acordo com levantamento do IBGE. Para especialistas, a inadimplência tende a crescer.
Os dados são de junho, mas o cenário atual do mês de julho é ainda pior e deve perdurar por mais alguns meses. Não há como prever retomada com a Covid-19 e o distanciamento social.
Segundo o IBGE, para 52,9% das firmas foi difícil manter a capacidade em honrar despesas ordinárias no período estudado. Já 43,9% tiveram que adiar o pagamento de impostos. O quadro já reflete nas finanças dos bancos. Ontem, o Bradesco divulgou que seu lucro líquido caiu 40,1% no segundo trimestre por aumento das reservas para cobrir calotes.