A maioria dos cidadãos baianos aprovam a forma como o governador do estado, Rui Costa (PT), está enfrentando a pandemia de Covid-19. Medidas mais restritivas, como suspender as aulas presenciais e implementar um toque de recolher e um lockdown, também são apoiadas pela maior parte da população da Bahia para combater a disseminação do novo coronavírus. O sistema de saúde do estado está prestes a colapsar em função do aumento de casos, com quase 400 pessoas à espera de um leito de UTI.
Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, a gestão de Costa no combate à Covid-19 é considerada ótima ou boa por 52,4% dos baianos. Outros 25,4% veem a postura estadual como regular, enquanto 20,7% a classificam como ruim ou péssima. Sobre o toque de recolher decretado pelo governador, 74% dos baianos são a favor, contra 24,1% que rejeitam a medida. A restrição para a permanência de pessoas nas ruas entre 20h e 5h foi estendida até o dia 31 de março pela administração estadual. Serviços não essenciais também estão proibidos de funcionar nesse período.
A pesquisa mostra que os baianos apoiam medidas ainda mais duras do que aquelas que já foram divulgadas pelo governo. O confinamento total da população, conhecido como lockdown, é aprovado por 59,4% das pessoas. Uma parcela de 37,7% se diz contrária à medida mais restritiva.
Em relação à volta das aulas presenciais, 64,1% dos baianos responderam que são contra enviar as crianças para as escolas diante da situação atual. Responderam que são favoráveis à medida uma parcela de 31,9% da população.
Na terça-feira (2) Rui Costa (PT) participou virtualmente de uma reunião com outros governadores e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL). O petista criticou o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia e disse que o povo baiano estava “desesperado” por um leito de UTI. Ele cobrou maior celeridade na aprovação e distribuição de vacinas para diminuir as taxas de contaminação pela Covid-19.
Em entrevista nesta quarta-feira (2) Rui afirmou que julga ser ideal o confinamento total das pessoas por 20 dias, mas descartou implementar a medida porque os trabalhadores informais não teriam como obter renda sem que fosse pago um auxílio emergencial durante o período. Segundo o governador, os últimos leitos de UTI serão abertos em um hospital da região metropolitana e com a reativação do hospital de campanha da Arena Fonte Nova. “Depois, não há mais o que abrir”, declarou.