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sábado 29 de dezembro de 2018 às 15:59h

Maia e Renan serão os vitoriosos, crê aliado de Bolsonaro

DESTAQUE, POLÍTICA


A avaliação é de um importante membro da tropa de choque de Bolsonaro.

Se fosse hoje, segundo a revista Veja, Rodrigo Maia e Renan Calheiros seriam, respectivamente, os presidentes da Câmara e do Senado.

 Renan

José Renan Vasconcelos Calheiros nasceu em 1955, em Murici, Alagoas, em uma família de políticos – seu pai, Olavo Calheiros Novais, foi deputado por cinco mandatos consecutivos e seu filho, Renan Calheiros Filho, é o atual governador de Alagoas. Formou-se em Direito, pela Universidade Federal de Alagoas, quando começou sua carreira política no Diretório Acadêmico.

Foi eleito deputado estadual em 1978 pelo MDB e, em 1982, elegeu-se deputado federal, então pelo PMDB, e exerceu dois mandatos. Trocou o PMDB pelo PRN em 1989 e participou da campanha que elegeu o presidente Fernando Collor. Como aliado do governo, foi um dos políticos que apoiaram as reformas econômicas de Collor, entre elas o confisco da poupança.

Renan deixou a Câmara em 1992 e assumiu a vice-presidência de uma subsidiária da Petrobras, a Petroquisa. Atuou nesse cargo até 1994, quando foi eleito senador com 235 mil votos. Participou do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu o Ministério da Justiça em 1998. Foi reeleito senador em 2002, quando apoiou o presidente Lula. No segundo mandato, Renan relatou, no Senado, o projeto de lei que criou o programa Bolsa Família.

Renan Calheiros enfrentou denúncias de corrupção em 2007. Na ocasião, revelações publicadas na imprensa mostravam que a empreiteira Mendes Júnior estava pagando uma pensão de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso – Mônica seria amante de Renan. A essa revelação, somaram-se mais denúncias envolvendo a relação de empresas e tráfico de influência. A pressão fez Renan Calheiros renunciar ao cargo no final de 2007. No entanto, voltou ao Senado em 2010, quando foi eleito pela terceira vez. Assumiu a presidência da Casa em 2013 e, em 2016, presidiu a sessão que votou pela admissão do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

No início de dezembro de 2016, virou réu em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Por oito votos a três, os ministros decidiram que Renan será julgado por peculato (desvio de dinheiro público) em uma ação penal. O caso é de 2007. Renan foi acusado de usar dinheiro recebido da empreiteira Mendes Júnior para pagar a pensão alimentícia de uma filha que teve fora do casamento. Renan foi um dos principais alvos das manifestaçõescontra corrupção no domingo, dia 4 de dezembro de 2016. No dia seguinte, o Supremo Tribunal Federal decidiu afastar Renan da presidência do Senado.

Renan voltou a enfrentar denúncias de corrupção em 2016, dessa vez na Operação Lava Jato. Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, divulgou áudios de conversas com Renan que indicariam interferências nas investigações. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do senador.

No dia 1º de dezembro de 2016, por oito votos a três, o Supremo Tribunal Federal decidiu tornar Renan réu pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público), no caso de 2007, quando foi acusado de pagar a pensão de sua filha com dinheiro recebido da empreitera Mendes Júnior. No dia 5, por ordem provisória do ministro Marco Aurélio Mello, Renan Calheiros é afastado da Presidência do Senado. Entretanto, ele desobedece à ordem e depois garante sua permanência quando o Supremo indefere a liminar que o derrubava.

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