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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (centro), durante uma mensagem transmitida pela televisão
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segunda-feira 29 de março de 2021 às 12:42h

Maduro oferece trocar petróleo venezuelano por vacinas contra a covid-19

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ofereceu no domingo (28) a troca de petróleo por vacinas contra a covid-19, em meio à nova onda de contágios pelo coronavírus no país, que enfrenta sanções financeiras aplicadas pelos Estados Unidos.

“A Venezuela tem os navios petroleiros, tem clientes prontos para comprar petróleo de nós. Dedicaria parte da sua produção para garantir as vacinas de que precisa. Petróleo por vacinas!”, disse Maduro na TV pública.

O país enfrenta sanções impostas por Washington contra a estatal petroleira PDVSA, numa pressão para tirar Maduro do poder. “Estamos preparados, mas não iremos mendigar junto a ninguém”, afirmou o presidente venezuelano, referindo-se implicitamente a um anúncio feito pelo líder opositor, Juan Guaidó, de acordos para a liberação de fundos do país bloqueados no exterior para pagar vacinas do sistema Covax –a aliança internacional por vacinas.

Em um 1º momento, Maduro insistiu em pedir à Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) que cuidasse para que fundos congelados pudessem ser usados para pagar por cerca de 2 milhões de doses reservadas ao país por meio do Covax Facility.

Se essas doses reservadas não fossem desbloqueadas, explicou que entraria em jogo a opção “petróleo por vacinas”. Além disso, Maduro assinalou que as vacinas da Covax atendem só 20% da demanda que o país precisa.

As doses da Covax são do laboratório AstraZeneca, que não foram liberadas na Venezuela por conta de possíveis riscos de efeitos colaterais. Mas Maduro disse que há conversas em andamento para que a Opas faça chegar ao país “as vacinas selecionadas e aprovadas”.

A proposta do presidente lembra o programa da ONU Petróleo por Alimentos, com a implementação para atender às necessidades da população do Iraque depois da Guerra do Golfo, em meio às sanções econômicas impostas depois da invasão do Kuwait por tropas iraquianas, em agosto de 1990.

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