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domingo 19 de abril de 2020 às 15:52h

Maduro chama Bolsonaro de ‘coronalouco’ e de irresponsável

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de “coronalouco”, pela “irresponsabilidade que causou o contágio e a morte de milhares de brasileiros”.

Maduro deu a declaração em entrevista a uma rádio argentina (AM750), na qual também disse que será bastante provável que as eleições legislativas da Venezuela, previstas para o dia 6 de dezembro, “tenham de ser adiadas” por conta do coronavírus. “Temos como prioridade combater a pandemia, e seria uma irresponsabilidade agora se eu confirmasse que haverá eleições”.

Neste caso, porém, Maduro não explicou se a atual Assembleia Nacional, de maioria opositora e liderada por Juan Guaidó, considerado presidente do país por mais de 50 países, teria seu mandato estendido ou se haveria outra saída.

Disse, apenas, que a decisão seria tomada pelo Tribunal Supremo de Justiça, que é controlado pelo regime. “A prioridade agora é a pandemia, a economia, a estabilidade social e a vida das pessoas”, afirmou.

Maduro também disse que os números oficiais de infectados (204) e de mortos (9) pelo coronavírus na Venezuela são explicados pelo fato de o regime ter tomado “medidas audazes e a tempo”, afirmou. Organismos internacionais e a oposição consideram que esses números estão errados.

Segundo o ditador, a pandemia teve consequências tão graves na Europa e nos EUA porque estes não trataram com seriedade o tema “por preconceito, porque vinha da China. Nós observamos desde o primeiro momento”, afirmou.

E acrescentou: “agora esses países estão desesperados para acabar com a quarentena, com decisões apressadas que vão causar dano a seu povo e à humanidade”. Maduro disse que a Venezuela está agindo como a China, “atuando em tempo recorde”. Já médicos que atuam no país vêm alertando que o sistema de saúde venezuelano não terá como responder ao pico da pandemia, caso ela se alastre pelo país.

Ao final, Maduro manifestou o desejo de um dia viver na Argentina, por conta de ser “um povo muito afetuoso e que apoiou e amou a Hugo Chávez”.

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