O ministro da Previdência, Carlos Lupi, falou à GloboNews nesta quarta-feira (19) sobre o combate à fila da Previdência. Ele comentou o anúncio do governo de uma medida provisória que pretende criar um programa para enfrentar a fila do INSS, que até o momento, já ultrapassou 1,7 milhão de pessoas.
“É bom a gente esclarecer à população que existem tipos de filas diferentes. São quase 16 tipos de filas. E é uma fila que vem de herança”, contou o ministro.
Lupi explicou que até 2006 não existia fila no INSS porque a marcação de atendimentos era presencial. Depois, a partir de 2006 surgiu o agendamento por telefone, que se manteve ainda sem filas. E a partir de 2014, com o programa Meu INSS, os pedidos começaram a ser registrados e isso, segundo ele, gerou um acúmulo de mais de 1,780 milhão de pessoas aguardando alguma resposta da Previdência.
“Nós, desde janeiro, estamos estudando a forma de fazer o enfrentamento dessa fila. E essa forma foi discutida com o Ministério da Gestão, o Ministério da Casa Civil. Foi um planejamento para que até dezembro desse ano a gente consiga enquadrar todos que têm espera em até 45 dias, que é o máximo que a lei permite”
Lupi contou que por mês, o INSS recebe cerca de 780 mil pedidos, e que por isso ele acredita que mesmo com o trabalho, a fila não vai deixar de existir. Apesar disso, ele crê que o pagamento de serviço extra para servidores possa fazer com que a meta seja atingida. Para isso, ele pretende que sejam chamados mais de 3 mil servidores concursados.
“É por tarefa. A tarefa pode ser desenvolvida presencialmente ou em casa, porque são processos já existentes. Hoje em torno de 4 mil funcionários querem participar desse mutirão de enfrentamento à fila, e cerca de 1.500 médicos da área de perícia fazendo também. (…) A parte do INSS terá R$ 68 por processo a mais, e com a perícia, que é uma área que tem nível superior, R$ 75 a mais”, explicou.