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sábado 3 de junho de 2023 às 08:35h

Lula viajará para Paris e ao Vaticano na próxima semana

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe planejam duas novas viagens internacionais nas próximas semanas, à França e ao Vaticano. O petista deve participar de um encontro que discutirá medidas de financiamento para ações climáticas, em Paris.

A “Cúpula por um novo pacto financeiro mundial” acontecerá nos 22 e 23 de junho e foi proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

No ano passado, conforme reportagem de Filipe Matoso, do portal g1, na condição de presidente eleito, Lula participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, e propôs uma “nova governança global” sobre temas como proteção do meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ajuda aos países mais pobres.

“Juntos, trabalharemos contra a destruição de nossas florestas, buscando mecanismos de financiamento sustentável, para deter o avanço do aquecimento global”, disse Lula na ocasião.

O presidente também tem cobrado dos países ricos que cumpram o Acordo de Paris, assinado em 2015. Na ocasião, os países se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões anualmente para enfrentar as mudanças climáticas.

Além da participação da na cúpula, Lula deve se reunir com Emmanuel Macron. Os dois são aliados políticos e já se encontraram em outras ocasiões.

Encontro com o Papa

A expectativa entre integrantes da diplomacia brasileira é que Lula aproveite a viagem a Paris para também ir a Roma (Itália) e se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano.

A reunião ainda não está confirmada oficialmente. O g1 apurou que depende, por exemplo, da agenda de Francisco.

Lula e o Papa se falaram por telefone na última quarta-feira (31). Segundo o Palácio do Planalto, na conversa, Lula convidou Francisco a visitar o Brasil, e o líder da Igreja Católica “ficou de analisar a possibilidade da visita”.

Em dezembro de 2020, os dois se encontraram no Vaticano. Na ocasião, o Instituto Lula informou que a conversa girou em temas como fome, desigualdade social e intolerância.

Agenda internacional

Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, o presidente Lula tem dedicado boa parte da agenda a encontros com líderes internacionais, seja em Brasília ou em viagens ao exterior.

No discurso de posse, no Congresso Nacional, Lula afirmou que buscaria adotar medidas para que o Brasil se tornasse protagonista no cenário internacional.

Segundo o presidente, seriam adotadas medidas para retomar a integração entre países da América do Sul, “reconstruir diálogo altivo e ativo” com países de todos os demais continentes e “fortalecer” mecanismos multilaterais como o Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Desde a posse, Lula, por exemplo:

  • esteve no Japão em maio para a cúpula do G7;
  • viajou para a Inglaterra também em maio para a coroação do rei Charles III e para um encontro com o primeiro-ministro, Rishi Sunak;
  • foi a Portugal em abril para encontro com presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro do país, António Costa;
  • viajou para a China também em abril para encontro com o presidente Xi Jiping;
  • cumpriu agenda nos Estados Unidos em fevereiro para se reunir com o presidente Joe Biden,
    se reuniu em janeiro, em Buenos Aires, com o presidente Alberto Fernández.

No Brasil, Lula também já recebeu, por exemplo:

– a cúpula de presidentes de países da América do Sul;
– o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö (o país faz divisa com a Rússia);
– o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis (o país faz fronteira com a Ucrânia),
– o presidente da Argentina, Alberto Fernández;
– o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
– o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

Oposição critica

Em entrevista nesta sexta (2), o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou as agendas internacionais de Lula.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Lula está “mais preocupado” com questões externas que em resolver os problemas do país.

“Eu acho que o presidente da República daqui está muito mais preocupado em ganhar o prêmio Nobel da Paz e mediar a guerra da Rússia com a Ucrânia em vez de resolver os problemas que são encontrados aqui do Brasil, ligados à questão do desenvolvimento econômico”, afirmou Marinho.

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