A defesa de Lula apresentou dois novos pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para paralisar, mais uma vez, uma ação penal em que o petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Neste processo, que está em andamento na Lava-Jato de Curitiba desde 2016, o ex-presidente é apontado como beneficiário de propina pelo suposto recebimento de um imóvel da Odebrecht que abrigaria a sede do Instituto Lula.
Na quinta-feira (19), o juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, determinou que os envolvidos no processo apresentem a complementação de suas alegações finais. Esse é o último passo antes de o magistrado proferir a sentença. Bonat alegou que cumpriu as decisões do STF que determinaram o compartilhamento com os advogados de Lula de toda a documentação relacionada ao acordo de leniência firmado entra a força-tarefa e a Odebrecht.
A defesa do petista, porém conforme a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, nega que tenha recebido todo material e pede ao ministro Ricardo Lewandowski que o caso seja novamente paralisado. A petição foi apresentada na quinta-feira (19).
Na sexta-feira (20), os advogados de Lula solicitaram ao ministro Edson Fachin a pausa do mesmo processo, mas a petição teve outro alvo. Neste segundo pedido, o argumento é que o ex-presidente não teve acesso aos documentos que tratam da negociação dos acordos da Petrobras com as autoridades dos EUA.
A defesa do petista diz que a estatal teve comportamento diferente no Brasil e no exterior ao descrever os fatos, já que não chegou a citar Lula nas revelações que fez aos americanos, enquanto no Brasil aparece como assistente de acusação contra o petista. Diante disso, pedem que o processo seja paralisado, até acessarem a íntegra desse material.