Lula não pretende aumentar a ofensiva sobre o PSDB imediatamente após a saída de João Doria da disputa presidencial. Segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, os membros da campanha petista veem chances maiores de tucanos históricos, como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Teotônio Vilella, apoiarem Lula já no primeiro turno. O núcleo avaliam, no entanto, que agora é o momento de deixar os ex-adversários “arrumarem a casa”.
A estratégia de Lula é manter abertos os canais de conversa com membros do PSDB, como vem ocorrendo desde o ano passado. Recentemente, Lula falou mais uma vez por telefone com FHC. Aliados do petista que atuam como interlocutores junto a essa ala do tucanato também defendem que é preciso respeitar o processo interno que a legenda vive com a desistência de Doria, para fazer novos gestos.
Na campanha petista prevalece a visão de que a terceira via não vai se viabilizar com Simone Tebet (MDB-MS) e que isso abre espaço para que tucanos históricos já apoiem Lula de saída. Parte da legenda também discorda da postura do secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, que defendeu que a legenda procure Doria. A avaliação é que o tucano “implodiu” o PSDB e que o partido deve se aproximar de figuras com quem têm relação histórica e convergências.
Integrantes da campanha de Lula relataram à coluna que, por ora, a única atitude tomada foi tirar o nome de Doria de pesquisas internas do partido.