Em entrevista coletiva nesta última quarta-feira (7) o coordenador dos grupos técnicos da transição, Aloizio Mercadante, anunciou que o Ministério da Economia será dividido em três pastas no futuro governo. Os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); da Fazenda; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) serão recriados a partir de 1º de janeiro.
Mercadante, porém, acrescentou que ainda há discussão em relação à abrangência delas. Estaria em estudo uma redefinição do que seria o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Durante a coletiva, os integrantes da equipe de transição na área afirmaram que o Brasil passou por um processo de desindustrialização e que a recriação dessas estruturas é importante para focar no desenvolvimento da área. A mudança, segundo a transição, não vai gerar custos uma vez que as estruturas atuais serão remanejadas para atender à nova formatação.
Mercadante também afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) ficarão sob o guarda-chuva do novo MDIC.
Esse modelo criaria uma pasta extremamente fortalecida e que já está sendo cobiçado por vários atores importantes no gabinete de transição. Chegou-se a cogitar o nome do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) no início dos trabalhos da transição.
Outro cotado é o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), que integra o grupo técnico da área. Rigotto foi coordenador do plano de governo da emedebista Simone Tebet nas eleições presidenciais, candidata que depois apoiou Lula no segundo turno.