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O governo Lula anunciou nesta última segunda (20) a reativação do programa Mais Médicos, programa criado em 2013 durante o governo Dilma Roussef para preencher a vaga de médicos no SUS em locais de difícil acesso no país
O governo quer preencher as cinco mil vagas na área da saúde que estão desocupadas e ampliar mais 10 mil postos de trabalho, aumentando o número de médicos atuantes no país para 28 mil. Terão preferência médicos brasileiros formados no país.
O relançamento do Mais Médicos está entre os programas sociais previamente criados em governos petistas anteriores e repaginados na nova gestão Lula. Foi retomado também o programa Minha Casa, Minha Vida, para combater o déficit habitacional. Além disso, o novo Bolsa Família também começou a ser pago nesta semana.
Para Bernardo Mello Franco, colunista do jornal “O Globo”, Lula faz uma aposta arriscada ao investir os primeiros cem dias de governo na reciclagem de antigos programas sociais como estratégia para resgatar os “anos de glória” do segundo mandato, encerrado com 87% de aprovação.
“Até hoje o governo não tem nenhuma base exatamente estruturada, nem enviou as suas propostas de reforma, especialmente tributária, para o Congresso.”
Em entrevista a Natuza Nery, Bernardo não descarta que a tentativa de golpe por parte de apoiadores bolsonaristas ainda no oitavo dia do mandato tenha interferido no funcionamento do governo.
“Acho que é um argumento razoável, que precisa ser levado em consideração”, avalia Mello Franco. “Não quer dizer que Lula tenha uma licença para não apresentar nada de novo, pelo contrário. A tentativa de golpe foi vencida. As coisas, do ponto de vista da democracia, se estabilizaram. E agora o relógio está correndo contra ele.”
