O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será ouvido, na próxima terça-feira (26), dentro do inquérito que investiga a invasão do tríplex no Guarujá (SP), pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no dia 16 de abril do ano passado.
O imóvel é alvo das investigações que levaram o petista à prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, condenado a 12 anos e um mês. De acordo com as investigações, o apartamento e a reforma foram feitos pela OAS em troca de favorecimentos à empreiteira por meio de contratos.
Apesar de a invasão ter ocorrido já depois da prisão de Lula, que ocupa uma das celas da superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR) desde 7 de abril de 2018, a apuração quer saber se uma fala do ex-presidente, durante um de seus discursos, pode ter influenciado o grupo a ocupar o tríplex.
Na oportunidade, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o petista afirmou ter sido condenado por um “desgraçado de um apartamento que eu não tenho”. Ele ainda disse que já tinha pedido “para o Guilherme Boulos [líder do MTST] mandar o pessoal dele ocupar” o imóvel.
Se ficar comprovado que houve esbulho possessório, quando se invade “terreno ou edifício alheio”, os culpados podem pegar pena de até seis meses de detenção, além de multa.