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segunda-feira 28 de novembro de 2022 às 18:30h

Lula pode formar base híbrida a partir de pautas temáticas no Congresso

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Levantamento da Fundação da Ordem Social, ligada ao PROS, conclui que, apesar do desafio do novo governo em dialogar com o Congresso, a base de apoio ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser híbrida a depender da temática em discussão no âmbito do Congresso. “Até mesmo nos parlamentares de menor adesão é factível uma eventual composição a depender da pauta em debate”, diz o estudo.

Como mostrou o Broadcast Político, o mapeamento feito pelo PROS revela que 49% dos congressistas da Câmara e Senado têm baixa propensão em aderir à base do presidente eleito. O levantamento pondera, por outro lado, que o núcleo duro contrário ao governo não constitui maioria absoluta. Isso porque parlamentares que têm propensão alta ou moderada de aderir à base somam 51% nas duas Casas legislativas.

“O principal desafio para o Executivo será criar mecanismos para aglutinar as forças políticas, dialogando intensivamente com partidos e parlamentares eleitos, para um rearranjo de sua base parlamentar”, avalia o estudo.

Os dez partidos que compõem a coligação de Lula elegeram 122 deputados e terão 11 senadores. O presidente eleito quer atrair PSD, MDB e União Brasil na tentativa de ampliar a base de apoio no Congresso Nacional. Na Câmara, as três legendas terão, juntas, 143 deputados, o que levaria a base de Lula a ter 265 cadeiras.

No Senado, as três siglas somarão 32 senadores, podendo garantir ao presidente eleito 43 cadeiras, do total de 81, justamente na Casa em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve maior dificuldade em avançar com pautas.

Com essa base consolidada, Lula teria espaço para, por exemplo, aprovar projetos de maioria absoluta, como lei complementar e derrubada de veto, que exigem 41 votos no Senado e 257 na Câmara. Para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PL) são necessários 308 votos na Câmara e 49 no Senado.

A realidade, no entanto, impõe a Lula o desafio de atrair o apoio de legendas compostas por parlamentares de centro e figuras mais ligadas, por exemplo, ao bolsonarismo. Isso porque a polarização evidenciada pelo resultado das eleições presidenciais se repete internamente nos partidos. A tendência é que siglas de centro-direita, como PSD e União Brasil, declarem independência para que seus filiados atuem livremente e se aliem ao novo governo conforme agendas em comum.

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