Os brasileiros voltarão às urnas em segundo turno para decidir o futuro presidente do Brasil. Neste domingo (30), os eleitores poderão escolher entre o atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Confira matéria do jornal O Tempo e leia o que dizem Lula e Bolsonaro sobre os respectivos tópicos:
Saúde:
O plano de governo da chapa Lula-Alckmin defende o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com a retomada das demandas que foram represadas durante a pandemia da covid-19, atendimento das pessoas com sequelas do coronavírus e restabelecimento do programa nacional de vacinação. O documento também cita o incentivo à ciência e tecnologia para o desenvolvimento social, além do respeito à diversidade na saúde pública.
Jair Bolsonaro, por sua vez, defende o fortalecimento da atenção primária, aprimoramento da gestão do SUS e desenvolvimento da articulação entre os setores público e privado. Para eventual segundo mandato, o mandatário promete reforçar as ações tendentes à consolidação do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), instituído pela Lei nº 12.715/2012, e ao Saúde Digital.
Educação:
Para o segmento, que foi fruto de polêmicas ao longo de seu governo, como a troca de 5 ministros e derrubada do Milton Ribeiro do Ministério da Educação, Bolsonaro propõe a melhora da posição brasileira na próxima edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o fortalecimento da educação domiciliar e uma educação sem ‘conotações ideológicas’, o chamado Escola Sem Partido.
Já o ex-presidente Lula defende o maior investimento no setor, da creche à pós-graduação, viabilização do Plano Nacional de Educação (PNE), continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, além da defesa da laicidade e respeito à diversidade nas escolas.
Segurança pública:
O atual chefe do Executivo defende o armamento da população para garantir o “direito à legítima defesa”, fortalecimento das ações de combate ao crime organizado e de outras ameaças à segurança, a consolidação de ações de regularização fundiária e a providência de uma retaguarda jurídica aos policiais.
O petista propõe a criação do Ministério da Segurança Pública, como forma de integrar as estratégias de segurança nacional, a retomada do Estatuto do Desarmamento, implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), melhoria da qualificação técnica dos policiais e ampliação da atenção às vítimas de crimes contra mulheres, juventude negra e população LGBTQIA +.
Economia:
O atual presidente faz propostas para a diminuição do desemprego e a promoção do empreendedorismo. O mandatário também coloca a geração de empregos como prioridade em um eventual novo mandato. Privatização e concessões seguem na pauta de Bolsonaro. Medida popular no governo do presidente, o Auxílio Brasil de R$ 600 será mantido.
Já o plano de governo de Lula propõe reinserir a população pobre no orçamento federal por meio da revogação da lei do teto de gastos, com um novo regime fiscal acompanhado de uma reforma tributária “solidária, justa e sustentável”.
Meio ambiente:
Tema criticado pelos opositores do governo federal, o atual chefe do Executivo tem na temática do meio ambiente assuntos centrais como a contrariedade à demarcação de terras indígenas, incentivo a agropecuária e pesca, além do incentivo a exportação do hidrogênio e amônia verdes.
Já o petista defende a recriação do Ministério da Pesca e inauguração de uma pasta direcionada aos povos originários, com indígenas e negros em seu comando. Lula também advoga pela proibição do garimpo ilegal em terras indígenas e em unidades de conservação, além da promoção pela agricultura de baixo carbono.