O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve vetar a taxação de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares, já que a alíquota foi fixada em um amplo acordo envolvendo todos os partidos.
+ ‘Taxa de blusinha’: Fim da isenção para compras pode render R$ 1,3 bi ao governo este ano
Em entrevista à BandNews, Alckmin também afirmou que a obrigatoriedade de conteúdo local no setor de petróleo deveria ser retirada do projeto do Mover, voltado para o setor automotivo, e ser votada separadamente.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que cria o programa automotivo Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e incluiu no texto a taxação de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares, que hoje são isentas. O texto ainda será analisado pelo Senado.
O vice-presidente avaliou que a medida atende parcialmente à indústria nacional, ressaltando que a alíquota a ser cobrada nas compras internacionais é similar ao Pis/Cofins pago pelos fabricantes domésticos.
“Foi um entendimento que preserva o interesse das pessoas, quanto mais barato puderem comprar, melhor, mas também garante emprego e renda”, afirmou.