O presidente Lula da Silva (PT) vai fazer a primeira reunião ministerial do ano na manhã desta segunda-feira (18). O encontro começa às 9h e não tem hora para acabar. É o único compromisso oficial da agenda do presidente.
A reunião acontece após sucessivos reveses para o governo, como a piora nos índices de aprovação e desgastes causados por falas do presidente sobre o conflito entre Israel e Palestina e ações consideradas intervencionistas na Petrobras e na Vale.
Como publicou o jornal O Globo, Lula deve usar a reunião para cobrar de seus auxiliares que usem suas atuações nas pastas para trazer resultados positivos para o governo. Ministros dizem que o presidente tem demonstrado cada vez mais impaciência em apresentar entregas e vai cobrar dos ministros resultados de programas que já foram anunciados.
Levantamento realizado pela Genial/Quaest divulgado no dia 6 de março aponta que avaliação positiva do petista chegou a seu nível mais baixo neste terceiro mandato, sobretudo entre os evangélicos, grupo que costuma estar mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A desaprovação de Lula passou de 43% em dezembro para 46% e a aprovação recuou de 54% para 51%; entre o segmento religioso, os que desaprovam saltaram de 56% para 62% e os que aprovam despencaram de 41% para 35%. Lula tenta agora reverter esse quadro.
No mesmo dia que a pesquisa foi divulgada, Lula promoveu uma confraternização com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outros senadores no Palácio da Alvorada. No encontro, o petista ouviu que não basta que o governo se preocupe em ter uma boa condução da economia, mas também é preciso uma preocupação com uma comunicação efetiva das ações positivas.