Com o arquivamento da ação que tratava do suposto recebimento de propina de empresários em troca de vantagens no governo, o ex-presidente Lula ficou mais próximo de encerrar a longa lista de questões judiciais que enfrenta desde a saída do Planalto.
Segundo matéria da revista Veja, o petista responde atualmente a três ações, sendo duas em Brasília (caso dos caças da FAB e de verbas do BNDES para Odebrecht em Angola) e uma em São Paulo (outra linha de corrupção envolvendo verbas internacionais).
Uma delas, o dos caças, o petista usa mensagens da vaza-jato para pedir o trancamento. As outras, na avaliação da defesa, vão cair pelo mesmo problema de fragilidade da prova registrado na decisão da Justiça Federal do Distrito Federal que absolveu Lula na Operação Zelotes.
A leva de ações contra Lula na Lava-Jato do Paraná, praticamente liquidada pela decisão do STF de zerar o jogo e repassar os casos ao Distrito Federal, já não preocupa o petista. Devem cair com o tempo, segundo a defesa, tão logo Sergio Moro seja declarado suspeito nos casos de Lula.
Ao longo dos últimos anos, foram 15 decisões que encerraram processos e procedimentos contra o ex-presidente Lula, com absolvição ou rejeição sumária de acusações e de hipótese acusatórias ou, ainda, que anularam processos. Quem tocou a defesa do petista nesses casos foi o advogado Cristiano Zanin Martins.
“Conseguimos provar ao longo do tempo que tudo aquilo que afirmamos no início da defesa técnica do ex-presente Lula estava correto. Diversas decisões reconheceram que Lula não praticou qualquer crime e estava sendo vítima de lawfare, que definimos em obra conceitual como o uso estratégico das leis para obter fins ilegítimos, de natureza política, geopolítica, comercial ou militar”, diz Martins.
O cemitério de ações contra o petista já tinha o quadrilhão do PT, acusação de compra do silêncio de Cerveró no famoso caso Delcídio do Amaral entre outros. Lula, como se vê, chegará na eleição de 2022 leve, leve.