Quando Lula surgiu, no final da década de 70, nascia um salvador da pátria, que iria nos tirar da ditadura militar e nos recolocar nos trilhos da democracia e paz social. Ledo engano. Ele aproveitou sua popularidade e quando assumiu o poder aproveitou para montar um governo que roubava à título de satisfazer as classes mais pobres, um Robin Hood de araque, pois o que acabamos vendo foi a construção de uma máquina de corrupção que enriqueceu petistas e seus aliados, especialmente suas lideranças, incluindo o próprio Lula. Logo, os brasileiros perceberam que o lulopetismo nada mais era do que uma arapuca para engambelar as massas sofridas e ignaras.
Como o Brasil é um País cuja grande maioria da população vive na miséria absoluta, subdesempregada, baixo poder aquisitivo e cultura precária, conforme a revista IstoÉ, o espaço para os salvadores da pátria nunca fica vazio. Com Lula na cadeia e os petistas nas barras dos tribunais, um outro líder populista e oportunista certamente iria ocupar esse vácuo. E foi aí que o fenômeno bolsonarista alicerçou seus tentáculos demagógicos e criou m novo “mito”, que a massa iletrada adotou como futuro timoneiro para a solução de seus dramas sociais. Ao final e ao cabo, tanto Lula, como Bolsonaro, são crias do mesmo infortúnio: a herança caudilhesca de nossos governantes. Basta ver que no passado tivemos Getúlio Vargas com o mesmo perfil e mais recentemente fomos vítimas do líder dos descamisados e caçador de marajás, Collor de Mello, assim como tivemos Lula, o pretenso pai dos pobres, e Dilma, a famigerada mãe do PAC.
O Brasil vive, assim, de ilusionistas, populistas e ludibriadores da boa fé popular. Basta ver que para seduzir os famélicos nordestinos, Lula criou o Bolsa Família e Bolsonaro, que agora sonha em se reeleger, quer incrementar esse programa assistencialista. Tanto Lula, quanto Bolsonaro, são farinha do mesmo saco, pois nenhum deles pensa em projetos de distribuição de renda. Apenas adotam programas eleitoreiros que mantêm essas populações dependentes das benesses estatais.
Afinal, assim como Lula foi uma criatura desse sistema popularesco, Bolsonaro foi filhote do lulismo. Sem Lula preso e o petismo escorraçado, o bolsarismo não teria chegado ao poder em 2018. O lulismo foi o pai do bolsonarismo. E agora, com Bolsonaro nas cordas, acuado por toda sorte de denúncias de corrupção e malfeitos, Lula volta a ter chances de retornar ao poder. O Brasil vive, assim, sua sina de ter um populista no governo, ora de esquerda, ora de direita. E é por essa razão que vivemos, há décadas, no eterno Fla-Flu do atraso e da desesperança.