O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará cobranças a ministros para colocarem em prática as ações do governo, em reunião ministerial marcada para quinta-feira (15). De acordo com o chefe do Executivo, será exigido “pressa” aos chefes das pastas.
“Não há tempo a perder, para conversa fiada. Temos que levantar de manhã trabalhando, parar de trabalhar o mais tarde possível da noite e, no dia seguinte, levantar cedo outra vez”, declarou Lula, em transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta terça-feira, 13. “Nada de ter medo de cara feia, de ficar colocando dificuldade. Dificuldade existe para a gente vencer.”
Lula disse que, enquanto se é governo, não há direito de “achar, pensar nem acreditar; você faz ou não faz”. “Nós temos que fazer, simples assim”, acrescentou. “Se tem uma coisa difícil, desenrole e faça.”
O presidente citou que tal pressa se dá pelo pouco tempo de mandato, de quatro anos. “Em um país em que você tem todas as dificuldades legais para fazer uma obra qualquer, um investimento, que você tem fiscalização, Tribunal de Contas, que você tem impeditivos, tem o Congresso, que muitas coisas tem que passar pelo Congresso, é normal, um mandato de quatro anos às vezes você não consegue aprovar um projeto importante”, disse, em meio às críticas do Legislativo em relação à falta de diálogo com o governo e ministérios. “Eu tenho pressa e essa pressa eu costumo passar aos meus ministros”, afirmou.
Frequência da ‘live’
O presidente indicou que a transmissão ao vivo nas redes sociais, como aconteceu pela primeira vez nesta manhã, deve ocorrer toda terça-feira, em um formato semelhante ao que ocorria com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A transmissão desta manhã aconteceu no Palácio da Alvorada e durou cerca de 30 minutos. Ao final da “live”, Lula disse ao apresentar Marcos Uchôa que estará pronto toda terça-feira para discutir os assuntos pertinentes.
Desde o início de seu terceiro mandato, havia a hipótese do chefe do Executivo começar a realizar “lives” para divulgar ações do governo e transmitir mensagens para a população, assim como fazia Bolsonaro. O plano, contudo, não havia se concretizado até o momento.