O presidente Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (13) que o primeiro ano de seu terceiro mandato será dedicado a reconstruir o país e “tirar a sujeira” deixada pela gestão do antecessor, Jair Bolsonaro. Se comprometeu, ainda, a reunir todos os ministros para fazer um balanço do trabalho e disse que em 2024 “não vai ter mole”.
Em solenidade na qual sancionou a prorrogação da lei de cotas até 2033, no Palácio do Planalto, Lula disse que consertar o que foi feito na gestão anterior é, muitas vezes, mais difícil do que começar algo novo, do zero.
“Tivemos que reconstruir ministérios, com muito menos gente. Pedimos aos companheiros (ministros) para fazer o sacrifício de trabalhar com menos gente”, disse o presidente, ao mencionar o exemplo do Ibama, que teve o quadro de fiscais reduzido durante a gestão de Bolsonaro.
“Este ano foi pra isso (reconstrução). No final do ano, vou fazer uma reunião com os ministros, porque o ano que vem não tem mole. Vamos ter que nos dedicar a viajar este país”, afirmou o presidente.
Lula comemorou ainda a aprovação da reforma tributária e disse que 2024 terá “mais trabalho, mais viagem e mais discurso”. “Vai acabar essa moleza de a gente ficar só aqui. Vamos sair e conversar com as mulheres, com os indígenas, com os quilombolas, com os jovens”, afirmou ele.
O presidente encerrou o discurso prometendo identificar os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.