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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (10) que as polícias têm “que saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua”.
Em evento no Rio de Janeiro (RJ), o petista também afirmou que o “crime organizado está tomando conta do país” e ofereceu ajuda a governadores na segurança pública. No entanto, não deu detalhes sobre medidas a serem tomadas.
“A polícia tem que saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua. E para isso ela tem que estar bem formada. Eu não estou jogando a culpa em nenhum governador. O governo federal tem que assumir responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência, porque o crime organizado está tomando conta do país”, disse.
Na capital carioca, o presidente participou de evento de anúncio de financiamento para obras de mobilidade no município, ao lado do prefeito Eduardo Paes (PSD) e Cláudio Castro (PL).
A declaração sobre segurança pública ocorreu logo após Lula citar a morte de um adolescente em uma operação policial na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último domingo (6).
“O povo da periferia precisa ser tratado com respeito, para que nunca aconteça o que aconteceu com o menino de 16 anos que foi assassinado por um policial despreparado ou irresponsável”, afirmou.
“E a gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que um cidadão que atira num menino que já estava caído é irresponsável e não estava preparado, do ponto de vista psicológico, para ser policial”, continuou.
No palco, Lula se voltou para o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e afirmou que deseja ter “responsabilidade” junto com ele para ‘criar condições da polícia ser eficaz’, mas sabendo diferenciar criminosos e pessoas pobres.
O petista disse que que o governo terá 50 bases da Polícia Federal e que fará parcerias com países fronteiriços ao Brasil para combater o crime organizado.
“O que nós queremos é que vocês, homens e mulheres, possam criar os filhos de vocês na maior decência”, afirmou.
