Desde a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que anulou suas condenações, Lula tem repetido a diferentes interlocutores que, agora, a Lava-Jato não é mais problema seu, mas do ex-juiz Sergio Moro. O petista afirma conforme a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, que, com a retirada de seus casos da Justiça de Curitiba, a operação não faz mais parte da sua vida. Lula diz que a decisão do STF de declarar Moro parcial faz com que, hoje, a Lava-Jato seja preocupação apenas do ex-ministro.
A ver. Se o plenário do STF, colegiado formado pelos 11 ministros da corte, anular a decisão da Segunda Turma que tornou Moro parcial no caso do triplex, o que parece improvável, o material produzido nas investigações do Paraná poderia ser reaproveitado em outros processos contra o petista, a depender da decisão do juiz. Se a suspeição de Moro for mantida, esse material não pode ser usado.
A sessão de ontem trouxe boas novas para Lula. Seis dos 11 magistrados sinalizaram que são contra debater a parcialidade de Moro novamente. Para eles, o plenário não pode ser revisor da turma que já proferiu a decisão sobre o caso. Kassio Nunes Marques fez parte desse grupo, ao dizer que o plenário não pode julgar uma matéria que nem foi objeto de recurso.