A colunista do UOL Carla Araújo afirmou nesta quinta-feira (22) durante participação no UOL News que Simone Tebet (MDB) deverá assumir o Ministério das Cidades durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Carla apurou com duas fontes ligadas ao presidente eleito que os próximos anúncios de ministros devem ser feitos na próxima terça-feira (27).
“Duas fontes me disseram que o que caminha, é que seja oferecido para Simone Tebet o Ministério das Cidades. (…) nesse momento, segundo interlocutores do presidente Lula, o que vai ser oferecido para Simone Tebet para que ela, essa aliada não deixe de ser contemplada, seria essa pasta das Cidades”, disse.
Carla também apurou que Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB), deverá ocupar o cargo de ministro da Infraestrutura.
“Tem também a pasta da Infraestrutura que pode acabar ficando com o Renan Filho, que foi cotado para estar no Ministério das Cidades”.
Por fim, ela também afirmou que muitas costuras políticas ainda estão sendo feitas por Lula e seus aliados, mas destacou a fala do presidente durante o anúncio feito hoje de alguns nomes para alguns ministérios de que pessoas que tiveram coragem de enfrentar “esse governo fascista” serão contempladas de alguma forma.
O presidente Lula fez o anúncio de 16 novos ministros hoje e, entre eles, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foi anunciado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O comentarista do UOL News Joel Pinheiro elogiou a escolha e afirmou que Alckmin é o primeiro nome de ministro que passa uma impressão de frente ampla do governo.
“Acho que é o primeiro ministro que dá para a gente dizer que compõe aquela imagem que se falava antes de um governo de frente ampla, e que na verdade é o vice dele, então nem tanto assim”, disse.
Apesar de pontuar que Alckmin integrava a chapa de Lula nas eleições, Joel destacou que ambos possuem visões diferentes, sobretudo na economia.
“O Alckmin é alguém que tem uma visão econômica pelo menos que discorda um pouco de certa ala do PT. Imagino que a gente vá ver então esse contraponto dentro do próprio governo com relação, por exemplo, ao comércio exterior e tratados de comércio brasileiros. (…) vai ser alguém que vai poder dar outro ponto de vista e pode trazer para o Lula muitas vezes, e para dentro do governo, certas percepções de como gerir a economia”, finalizou.