terça-feira 28 de janeiro de 2025
Presidente Lula na Cerimônia de posse de Sidônio Palmeira no cargo de Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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segunda-feira 27 de janeiro de 2025 às 11:36h

Lula dá a Sidônio Palmeira um poder que só um seleto grupo de ministros tem

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A Secretaria de Comunicação Social (Secom) não está na lista dos ministérios mais importantes, apesar de seu titular se reunir com frequência com o presidente da República e ter gabinete no Palácio do Planalto. Nos dois primeiros anos do atual governo, a pasta se restringiu basicamente a uma atuação institucional e se transformou num dos alvos preferenciais das reclamações dos governistas, inclusive do presidente Lula da Silva (PT).

Ao substituir o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, o presidente não fez apenas uma tentativa de profissionalizar a comunicação, passando o seu comando para alguém que entende do assunto. Na hierarquia do poder, ele também mudou o status do chefe da Secom, já que Sidônio assume como um ministro de primeira linha, ombreando em prestígio com Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), diz Daniel Pereira, da revista Veja.

Carta branca do chefe

Os sinais de poder de Sidônio ficaram evidentes na primeira reunião ministerial do ano, na qual ele foi a grande estrela e, com o aval de Lula, passou uma série de diretrizes para os colegas de governo. O marqueteiro também já recebeu carta branca para cobrar providências de outros ministros — seja para divulgar ações que possam render popularidade, seja para evitar crises de imagem. Ele já está fazendo isso, por exemplo, na Saúde.

A atuação de Sidônio, que trabalhou nas duas últimas campanhas presidenciais do PT, extrapolará a comunicação. Ele terá assento garantido em reuniões que tratarão de projetos e programas prioritários. Por determinação de Lula, o ministro participou da reunião que definiu os vetos no projeto que regulamentou a reforma tributária.

Antes, mesmo sem ter assumido o cargo, também foi consultado sobre o pacote de corte de gastos anunciado no fim do ano passado. Na ocasião, defendeu a posição, que saiu vitoriosa, de que o governo deveria divulgar — juntos com as tímidas medidas de contenção de despesas — a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 000 reais, iniciativa que repercutiu muito mal no mercado.

Segundo um ministro, o poder dado por Lula a Sidônio tem uma explicação: o presidente só pensa na reeleição e será candidato: “Com o marqueteiro no Planalto, Lula ativou o modo campanha”. Em seu segundo mandato, o petista também nomeou para a Secom um quadro com bastante prestígio político: o jornalista Franklin Martins, que, além das missões específicas no setor, era um dos principais conselheiros políticos do presidente.

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