Embora petistas admitam que sua condução na PEC da Transição o tenha fortalecido para um ministério, Alexandre Silveira (PSD-MG) enfrenta um adversário interno para conseguir um espaço na Esplanada. As informações são de Juliana Braga, da Folha de S. Paulo.
No xadrez sendo montado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cabe ao PSD apenas uma vaga no primeiro escalão do governo, afirmam seus interlocutores.
Nesse cenário, Carlos Fávaro (PSD-MT), por sua atuação durante a campanha para abrir portas no agronegócio é colocado como um favorito. Esse papel seguirá sendo importante ao longo dos próximos anos.
Além disso, como o PT já acertou o apoio à recondução do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado de primeira ora de Silveira, o entendimento é de que seu grupo político já estaria contemplado.
A equipe de Lula aceitou nesta terça-feira (6) reduzir o impacto da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição —principal aposta para o pagamento do Bolsa Família— em R$ 30 bilhões, além do prazo para envio de um novo arcabouço fiscal.
A proposta foi colocada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) após conversa com o relator do texto, Alexandre Silveira (PSD-MG), e Lula. O relatório apresentado por Silveira reduz o prazo de vigência da PEC de quatro para dois anos, mas autoriza o gasto de até R$ 198 bilhões.