Em sua fala final na reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou os auxiliares a serem cautelosos ao se envolverem nas eleições municipais do ano que vem.
Lula disse de acordo com Sérgio Roxo, do O Globo, que os ministros devem ter cuidado nos locais onde houve mais de um candidato da base do governo. Na fala que foi fechada, o presidente afirmou, segundo participantes, que o importante é não provocar divisões.
Aliados avaliam que Lula deve se envolver mais intensamente nas disputas onde a polarização com o bolsonarismo ficar clara. Um das cidades onde o presidente irá mergulhar na campanha é São Paulo. No último sábado, o presidente já participou de uma agenda ao lado de Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à capital paulista. Pré-candidato à reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem feitos movimentos de aproximação com o presidente Jair Bolonaro (PL). Há possibilidade também de o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles também concorrer em São Paulo.
Ainda segundo ministros, o petista também alertou aos auxiliares que evitem participar de atividades de campanha durante o horário de trabalho.
Em outro momento, Lula disse que as realizações do primeiro ano de governo permitiram uma subida de degrau e que para 2024 é importante empenho para que não ocorra uma descida desse degrau.
O presidente reafirmou que no próximo ano pretende priorizar viagens pelo país. Ao fim da reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que Lula visitará todos os estados no primeiro semestre.
Além do presidente, falaram na reunião os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Comunicações), Flávio Dino (Justiça) e o vice Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio. Também fizeram exposições os presidentes de bancos: Aloizio Mercadante (BNDES), Paulo Câmara (Banco do Nordeste). Tarciana Medeiros (Banco do Brasil), Carlos Vieira (Caixa) e Luiz Lessa (Banco da Amazônia), além do presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates.