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domingo 14 de março de 2021 às 07:53h

Lula achou que anulação das condenações fosse ‘pegadinha’, diz revista

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Lula estava em casa na segunda-feira (8) quando recebeu a ligação do ex-prefeito de Blumenau, o advogado e petista Décio Lima, um antigo amigo. Lima havia se cadastrado para receber notificações por e-mail a cada movimento em todos os processos de Lula e acabara de receber o aviso do STF sobre a nova decisão de Fachin.

Segundo a revista Época, Lima leu o conteúdo da decisão a um atônito Lula, que chegou a pensar que era brincadeira.

O ex-presidente desligou e telefonou imediatamente para Cristiano Zanin, seu advogado.

Zanin, com voz que combinava felicidade com cautela, também estava surpreso e ainda lia as 46 páginas da decisão de Fachin, mas tudo indicava que o cerne da coisa era claro: Lula, além de livre, agora não era nem mesmo mais acusado de nenhum crime.

O STF ainda não divulgara nada à imprensa. A primeira pessoa para quem Lula telefonou foi a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido.

“Parece que o Fachin anulou tudo! O Zanin está lendo o despacho”, contou.

Nas últimas semanas, diferentes interlocutores lhe repetiam o que ouviam de ministros do STF: sua condenação pelo tríplex do Guarujá seria anulada, porque Moro seria mesmo declarado suspeito. E, futuramente, a condenação pelo sítio de Atibaia também seria. Os dois casos de corrupção eram as duas condenações que impediam Lula de participar das eleições.

Mas, em meio à saraivada de telefonemas que passou a receber quando saiu a notícia da decisão de Fachin, manteve-se cabreiro.

A expectativa pela anulação de suas condenações ou por vitórias judiciais já havia sido frustrada em diversos momentos nos últimos anos.

“Ele aprendeu a não esperar nada. Estava muito cético, achava que não era aquilo mesmo”, contou uma amiga do ex-presidente, uma das primeiras a conversar com ele na segunda-feira, na coluna de Guilherme Amado na revista.

O primeiro a telefonar, depois que Lula desligou de Hoffmann, foi o presidente da Argentina, Alberto Fernández.

Depois, Lula ainda passaria um bom tempo ao telefone com a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o senador Jaques Wagner (PT).

Emocionou-se ao falar com os três, bem como com a carta que recebeu do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica e com a ligação do cantor Chico Buarque, na quarta-feira.

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