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quarta-feira 30 de junho de 2021 às 11:53h

Luis Miranda é comparado a Pedro Collor e Roberto Jefferson

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Segundo matéria da revista Veja, o governo de Jair Bolsonaro está correndo riscos. O depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid no Senado abalou as estruturas da gestão.

O que causa estranheza em toda essa história, no entanto, é o destaque dado a Miranda, até então um político sem grande visibilidade e cujo histórico não justifica toda a credibilidade que está recebendo.

Quando comparado com outros personagens que incomodaram governos anteriores, Luis Miranda é como um desconhecido que surgiu com uma bomba e conseguiu os ouvidos de que precisava para tentar derrubar Bolsonaro.

Em 1992, por exemplo, o impeachment do presidente Fernando Collor começou com denúncias de Pedro Collor, seu irmão. A posição familiar de Pedro deu a ele credibilidade para falar sobre um esquema de tráfico de influências que estaria acontecendo dentro do governo.

Num outro caso mais recente, em 2005, o então deputado Roberto Jefferson denunciou o esquema que ficou conhecido como Mensalão e manchou a imagem do PT e do governo Lula. Na época, Jefferson era presidente do PTB e tinha grande influência no meio político. Essa posição deu a ele também a credibilidade para falar sobre o caso.

Os dois personagens citados aqui tinham posições importantes e, por isso, tiveram suas declarações validadas por quem ouviu e deu prosseguimento às investigações. Luiz Miranda não se encaixa nesse padrão.

Embora seu irmão seja servidor do Ministério da Saúde, órgão primordial no combate à pandemia, as palavras de Miranda parecem ter sido recebidas com um peso maior do que deveriam.

As declarações do deputado, inclusive, motivaram a apresentação de uma notícia-crime contra Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal.

Sim, as acusações de Luiz Miranda são graves e devem ser apuradas, mesmo não tendo a relação familiar de um Pedro Collor ou o comando partidário de um Roberto Jefferson. Miranda era bem próximo de Bolsonaro, a ponto de ser recebido por ele em pleno sábado, no Alvorada. E levou com ele, ao contrário de outros, documentos confirmando as suspeitas que tinha.

Para a maioria do país ele pode ser um desconhecido que surgiu com a bomba nas mãos, mas para Bolsonaro era bem conhecido.

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