O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, autorizou o operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro a cumprir pena em regime semiaberto. Ele foi preso no escândalo da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato, tornando-se delator. Cumprindo prisão domiciliar em São João da Boa Vista (SP), cidade a 400 km da capital paulista, Funaro escolheu uma igreja como primeira parada após a progressão.
Segundo o acordo de delação firmado com o Ministério Público Federal (MPF), Funaro cumpriu dois anos em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, onde ficou até 2017, dois anos no domiciliar e, agora, progrediu para o semiaberto.
O juiz Vallisney de Souza Oliveira estabeleceu regras para Funaro. Ele deverá se recolher à residência aos sábados, domingos e feriados e, nos dias úteis, das 22h às 6hs, ressalvados casos de
emergência. Deverá prestar relatórios trimestrais, ao Juízo de execução, de suas atividades profissionais, e poderá iniciar a prestação de serviços à comunidade, em jornada de sete horas semanais, em local determinado pela Justiça. Também não poderá realizar viagens, exceto dentro do território nacional por motivo de trabalho, com a comunicação prévia.
Funaro confessou diversos atos de corrupção e delatou políticos de alto escalão do MDB para ter sua pena reduzida, entre eles o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira. Suas informações foram também usadas pelo MPF para denunciar o ex-presidente Michel Temer(MDB).