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Luciano Huck diz que Bolsonaro representa ‘grave problema’

Foto: Reprodução
domingo 14 de outubro de 2018 às 11:51h

O apresentador Luciano Huck se pronunciou oficialmente sobre como avalia os dois candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Desde o início da campanha, o marido de Angélica havia dito que não defenderia nenhum candidato específico, apenas apoiaria nomes novos para o Congresso Nacional.

Em artigo publicado na Folha de S. Paulo neste último sábado (13), Huck citou o movimento que liderou, o RenovaBR, e comemorou a renovação de 61% no Senado e 50% na Câmara dos Deputados. “Claro que nem todos os novos nomes eleitos se encaixam nos requisitos de preparo e respeito à cidadania de que estamos falando, mas é inegável que temos uma quantidade expressiva deles entre os novos ocupantes das cadeiras do parlamento”, apontou.

Já sobre a escolha para a presidência, o global disse que é necessário “refletir e escolher”. “Não compactuo com o modo de pensar e de operar do PT. A tese de que temos que construir um país mais justo e menos desigual é sem dúvida o eixo que enxergo para orientar qualquer governo minimamente digno. Não há outra missão mais relevante do que atacar o enorme abismo social que criamos no país. Mas esta pauta não é nem pode ser monopólio do PT”, defende. “Sem entrar em questões específicas, tenho enorme dificuldade em confiar em qualquer um que não tenha autocrítica, que não tenha a humildade de aprender com seus próprios erros”, completa.

Porém, o candidato Jair Bolsonaro também não é exemplo para o apresentador. “Ao mesmo tempo, se acreditamos na máxima que diz ‘conhecer o passado é a melhor maneira de construir o futuro’, temos um grave problema do outro lado também. Bolsonaro se tornou conhecido propagando ideias retrogradas, sectárias, preconceituosas e belicistas. Tudo aquilo que não precisamos na atual conjuntura”, diz Huck, ao frisar que um candidato à presidência “não pode pensar e muito menos dizer o que ele já disse ao longo dos seus 27 anos de vida pública”.

No artigo, ele fala que ideias, trabalho e inteligência devem se sobrepor às armas, e que tem um medo em relação à eleição do capitão. “Tendo a não acreditar que, se eleito, Bolsonaro invista no caminho do autoritarismo ditatorial, com atos extremos como fechamento do Congresso, censura na mídia perseguição política e outros radicalismos antidemocracia. Mas temo sim que o discurso de ódio e de desprezo pelo diferente na boca de um mandatário eleito pela maioria legitime violência e discriminação”, alerta.

Sem apoiar nenhum dos candidatos, Huck conclui apenas que, independente de quem for eleito, ele espera ser uma “resistência positiva” e que acredita no espaço para o amadurecimento e revisão de posições equivocadas. “A postura é e sempre será de estarmos à disposição, não de um ou de outro, mas do país e de tudo em que acreditamos”.

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