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Rueda e Bivar - Foto: Reprodução
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segunda-feira 26 de fevereiro de 2024 às 18:25h

Luciano Bivar articula se manter no comando do União Brasil

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), articula segundo Bruno Góes, do O Globo, uma ofensiva com o objetivo de se manter no comando da legenda, movimento que pode arrastar o partido para uma nova crise. Às vésperas da eleição interna, o deputado tenta retirar a candidatura de Antônio Rueda, nome que conseguiu reunir amplo apoio para a sucessão. A ideia é voltar a ser o nome favorito e continuar a dar as cartas.

O processo estava praticamente resolvido entre parlamentares e dirigentes, e adversários de Bivar passaram a demonstrar incômodo com a postura do atual presidente. Nas últimas semanas, ele passou a telefonar para cobrar fidelidade de ex-integrantes do PSL, partido que se fundiu com o DEM para formar o União. A sigla vai se reunir esta semana, quando a escolha será feita.

Em conversas reservadas, Bivar passou a dizer que teria 25 dos 40 votos para ser reconduzido. A estimativa é considerada “uma mentira” por opositores, principalmente oriundos do DEM, que resolveram embarcar na campanha do adversário. Esses parlamentares avaliam que não há chance de Rueda recuar de sua postulação. Procurados, os dois concorrentes não quiseram falar sobre a disputa.

O acirramento da campanha chegou aos grupos de WhatsApp de integrantes do União. Mesmo com a longa construção da candidatura de Rueda, Bivar passou a tentar convencer os correligionários de que seria necessário um nome de “consenso”. Em um dos grupos, houve respostas duras de parlamentares, lembrando que o atual presidente jamais seria um nome apropriado.

Durante sua gestão, Bivar acumulou crises em estados como Rio, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Acre, com ameaças constantes de debandada da sigla.

Disputa afeta palanques

A postura da direção fez com que lideranças importantes, como ACM Neto, articulassem o apoio a Rueda. Na noite de terça-feira, os dois jantaram e conversaram sobre o cenário. Embora a escolha vá ser feita nesta semana, o atual mandato de Bivar só termina em maio.

Hoje, insatisfeitos com constantes intervenções nos estados veem a articulação de Bivar como uma ameaça. Segundo um parlamentar importante, seria um problema grave para a montagem de palanques em alguns estados. Também poderia forçar uma grande debandada em 2026, quando deputados são liberados a trocar de sigla para disputar novas eleições.

Segundo interlocutores, Bivar tem dito que Rueda nunca comunicou sua candidatura e que o assunto só existe “porque a imprensa noticiou”. O atual presidente também reforça que seria impossível e até um “demérito” pensar que desistiria de continuar à frente do partido.

Mesmo com a guerra nos bastidores, Bivar tem dito que continua a dialogar com Rueda e que só não houve um encontro presencial porque o companheiro de partido estava com conjuntivite.

O novo mandato de presidente do União Brasil terá duração de quatro anos. Ou seja, só terminará em maio de 2028, o que aumenta a importância da escolha.

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