O governo britânico convocou nesta terça-feira (18) um diplomata chinês no Reino Unido para expressar sua “profunda preocupação” depois que um ativista pró-democracia foi espancado no consulado da China em Manchester.
“O ministro das Relações Exteriores convocou o funcionário da embaixada da China em Londres para expressar a profunda preocupação do governo pelo incidente e para exigir uma explicação pelas ações da equipe do consulado”, anunciou o secretário de Estado de Relações Exteriores, Jesse Norman, ao Parlamento.
A agressão ocorreu nesta cidade do norte da Inglaterra no domingo, dia de abertura do congresso do Partido Comunista em Pequim, que deve outorgar um terceiro mandato ao presidente Xi Jinping.
Um grupo de pessoas protestava em frente ao consulado em defesa dos direitos democráticos em Hong Kong. Um deles, identificado como Bob, afirmou à BBC que foi espancado por homens que saíram da sede diplomática.
“Me levaram para dentro e me bateram”, garantiu.
Um vídeo da agressão, que viralizou nas redes sociais, mostra homens espancando um indivíduo deitado no chão, atrás do portão do consulado, ou seja, dentro do recinto. Os agressores também destruíram cartazes dos manifestantes na rua.
A polícia britânica iniciou uma investigação da ocorrência.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, afirmou nesta terça em Pequim que os manifestantes teriam “entrado ilegalmente” no consulado em Manchester.
Wenbin pediu ao Reino Unido que “cumpra com seriedade seus deveres e tome medidas efetivas para melhorar a segurança e as equipes da embaixada e dos consulados chineses”.