Cortejado pela classe política para se lançar candidato a presidente da República em 2022 contra os líderes nas pesquisas eleitorais Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, mas pesando ainda a série de razões para ficar longe das campanhas, o ex-juiz Sergio Moro prepara segundo a revista Veja, o lançamento de um livro com parte de suas memórias sobre a Operação Lava Jato e os meses em que chefiou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública no atual governo. Os detalhes da publicação, da editora Sextante, devem ser conhecidos na semana que vem.
O lançamento do livro será um passo importante para trazer Moro de volta ao centro dos holofotes às vésperas de ele tomar uma decisão sobre se irá ou não disputar a eleição de 2022. Reportagem da revista Veja desta semana conta um pouco dos dilemas ao redor da candidatura do ex-juiz federal. Moro tem um contrato que vence só no ano que vem com a consultoria internacional Alvarez & Marsal e, caso se afaste da empresa, teria de abrir mão de um salário anual estimado em até 1,7 milhão de reais.
Além disso, passaria a ser ainda mais alvo tanto de bolsonaristas quanto de petistas em uma campanha. Desafeto tanto de Lula, que mandou prender, quando de Bolsonaro, com quem rompeu no governo, ele estaria na mira pela primeira vez dentro de uma arena eleitoral.
Antes mesmo de entrar na disputa, no entanto, Moro já pode contar com uma equipe de campanha que conta com marqueteiro, corpo jurídico e uma emissária que trabalha pela construção de alianças, a presidente do Podemos, Renata Abreu. Ao partido, ele prometeu dar uma resposta final sobre a campanha até novembro, depois de dois fatos políticos relevantes: as prévias que irão definir o candidato do PSDB ao Planalto e a ratificação da fusão entre PSL e DEM.