O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), respondeu nesta sexta-feira (29) a comentários do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e disse que o alagoano “entende bem” sobre “dar golpes”. Segundo Lira, o senador “achaca e interfere nos poderes” do Estado.
“Em Alagoas, achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio. Não conseguirá!”, disse.
Em Alagoas, achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio. Não conseguirá!
— Arthur Lira (@ArthurLira_) April 29, 2022
Mais cedo, Renan Calheiros comemorou a decisão do TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas) que derrubou hoje a liminar que suspendia a eleição indireta para governador e vice do estado. O senador disse que a “independência dos poderes é sagrada”.
“Quarteladas, afrontas aos poderes e desacato às decisões judiciais são condutas de tiranos em qualquer lugar. O TJ/AL acaba de incinerar o golpe de Arthur Lira para impedir as eleição para o governo de Alagoas na forma da Constituição”, escreveu.
A independência dos poderes é sagrada. Quarteladas, afrontas aos poderes e desacato às decisões judiciais são condutas de tiranos em qualquer lugar. O TJ/AL acaba de incinerar o golpe de Arthur Lira para impedir as eleição para o governo de Alagoas na forma da Constituição.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) April 29, 2022
Com a decisão do TJ-AL, fica mantida a votação para a próxima segunda-feira, às 10h, que vai escolher o novo chefe do Executivo estadual. Ele fica no cargo até 31 de dezembro.
Para o desembargador, “fica evidente a ocorrência de grave lesão à ordem pública” com a liminar concedida, já que a “decisão impede o regular funcionamento dos poderes Executivo e Legislativo estaduais, paralisando a escolha dos sucessores do governador e do vice-governador do estado de Alagoas”.
O pedido para derrubada da liminar é da PGE (Procuradoria-Geral do Estado). O órgão recorreu em nome dos poderes Executivo e Legislativo do estado.
O mandato-tampão é necessário porque o governador Renan Filho (MDB) renunciou para se candidatar ao Senado em outubro. Já o vice-governador eleito em 2018, Luciano Barbosa (MDB), também renunciou ao cargo em 2020 para ser candidato a prefeito de Arapiraca. Ele venceu a disputa.