Lideranças do agronegócio do Oeste da Bahia intensificaram as costuras para formar uma aliança unificada com produtores de outros territórios agrícolas de relevância econômica.
Segundo a coluna de Jairo Costa Junior, da coluna Satélite, no *CORREIO, estes produtores estão decididos romper de vez o isolamento em relação aos demais polos ruralistas do estado, para ampliar a influência política do setor.
Em especial, as regiões Sul da Bahia, conhecida pela diversidade de culturas e pela alta produção de cacau, e Norte, gigante nacional da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco. A estratégia é aumentar a musculatura para brigar por reivindicações comuns a todos e assegurar apoio mútuo em demandas específicas de cada polo.
A ofensiva para unir os grandes players da agricultura no estado dominou as conversas entre pesos-pesados do setor nos bastidores da Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães. Embora o Oeste seja o mais pujante centro do agro baiano, a avaliação é de que, sozinho, ele não tem poder suficiente para impor pautas que interessam aos produtores locais.
Nas análises conjuntas, representantes do agronegócio no Oeste se disseram convictos conforme a coluna Satélite, de que chegou a hora de sair do casulo e construir pontes sólidas com porções do estado onde o campo é motor econômico e maior gerador de empregos na iniciativa privada. Além do Sul e do Norte, a ideia é agregar também regiões como o Sudoeste e a Chapada Diamantina, destaques na produção de café de qualidade superior. Para eles, a integração entre os polos garantirá força para pressionar políticos com base eleitoral na zona do agro a se empenharem na defesa do setor e gás extra para duelar, em pé de igualdade, com estados em que a agricultura possui influência considerável junto ao Congresso e ao governo federal, diz Jairo em sua coluna.