Um grupo de líderes partidários informou ao governo de transição que o Congresso Nacional aceitaria sem resistências uma PEC de Transição no valor de R$ 80 bilhões. Esse valor é pouco menos da metade dos R$ 175 bilhões propostos pelo futuro governo. As informações são da CNN Brasil.
Segundo o veículo, a equipe de transição foi informada que o PP e o PL não aceitarão um valor fora do teto de gastos acima de R$ 100 bilhões, mesma posição manifestada por integrantes do mercado financeiro.
Com isso, de acordo com a CNN, dirigentes petistas já falam em um montante de meio-termo de R$ 105 bilhões. Esse valor seria mais do que suficiente para garantir um Bolsa Família de R$ 600 e um aumento real do salário-mínimo no próximo ano.
“A PEC tem que ser absolutamente consensual ou então não tramita no prazo necessário. E, de consensual, nós temos o auxílio de R$ 600 e o ganho real do salário-mínimo, que foram promessas dos dois candidatos. Acho que isso na faixa dos R$ 80 bilhões, nós temos como tramitar, sem nenhum parlamentar contra”, disse a CNN o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).
Já o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), em entrevista ao UOL, garantiu que a PEC será “resolvida” até o fim de novembro.
“Como no Senado resolve em três ou quatro dias e aqui na Câmara tem PEC, vamos resolver até o final do mês. Amanhã já avança um pouco”, disse, referindo-se à proposta já existente na Casa e que já teve a tramitação iniciada.