Lideranças políticas femininas inspiradoras

Apesar de ainda serem minoria em movimentos políticos e em cargos no Executivo e no Legislativo, como mostra o Portal Mulheres, do TSE, são muitos os exemplos femininos de superação na luta pela igualdade de gênero nesse meio

O portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém, desde 2019, uma página dedicada ao mapeamento das mulheres na política e nas eleições ao longo da história do país. O caminho percorrido por elas nessa área, como já se sabe, embora venha evoluindo nos últimos anos, ainda avançou muito pouco. E os números atualizados na página TSE Mulheres após os resultados das eleições de 2022, infelizmente, deixam isso bastante claro. De acordo com o relatório, entre 2016 e o ano passado, o Brasil teve, em média, 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e somente 15% eleitas.

Para o legislativo federal e estaduais, do total de candidatos, foram eleitas no último dia 2 de outubro 18% de mulheres apenas. Com esses dados, a pontuação do nosso país no ranking da União Interparlamentar, montado com informações de quase 190 países, continua lá embaixo, com o Brasil ocupando a posição 129 em relação ao número de assentos ocupados por mulheres na Câmara dos Deputados.

Ainda que em um cenário pouco favorável, temos no meio político inúmeros exemplos de mulheres que conseguiram quebrar essas barreiras, revelando-se como fortes lideranças e inspirando outras mulheres a lutarem por maior representatividade e por uma sociedade mais justa e igualitária. Neste dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher mostrando o perfil de quatro delas:

Marina Helou, Deputada Estadual em SP pela REDE

Esposa e mãe de dois filhos pequenos, Marina Helou entrou para a política aos 31 anos, tendo sido reeleita para um segundo mandato na Assembleia Legislativa paulista em 2022. Entusiasta da política baseada em evidências, com seu trabalho ela procura gerar resultados concretos na vida das pessoas, priorizando a primeira infância, o desenvolvimento sustentável, a redução de mortes das juventudes paulistas e a vida das mulheres.

Cris Monteiro, Vereadora na capital paulista pelo NOVO

Com uma trajetória de vida marcada por uma doença rara, a alopecia aerata, que mexe com a vaidade e a imagem pessoal feminina devido à queda capilar, e nascida de uma família pobre do Rio de Janeiro, Cris Monteiro é um exemplo de superação. Aplicou-se nos estudos e, assim, conseguiu se formar em Contabilidade e fazer pós-graduação em Finanças. Antes de entrar para a vida pública, ocupou cargos de diretoria em grandes empresas, como JPMorgan, Bank of America e Goldman Sachs. Nas eleições de 2020, foi a segunda vereadora mais votada do partido NOVO, com 18.085 votos. Cris tem como principais bandeiras a educação e questões ligadas à mulher, tendo criado a Lei de Prevenção ao Abandono e Evasão Escolar e a Frente Parlamentar Contra a Fome

Deborah Bizarria, coordenadora de Políticas Públicas do Livres

Economista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em Economia Comportamental pela Warwick University, no Reino Unido, Deborah Bizarria é, desde maio de 2021, coordenadora de Políticas Públicas do Livres, movimento político suprapartidário que defende a bandeira da liberdade econômica e de costumes, e o liberalismo, sendo responsável pela formação de diversos candidatos e candidatas a cargos públicos. Em seu trabalho, Deborah é responsável por pesquisar, editar e formular as diretrizes programáticas do movimento, além de coordenar os processos de formação, capacitação e engajamento de lideranças associadas e representar institucionalmente o Livres perante organizações parceiras e a imprensa.

Anne Dias, presidente do LOLA Brasil

Como presidente nacional da principal organização internacional para mulheres engajadas no ideal libertário, o LOLA Brasil, a advogada paranaense Anne Dias, de 26 anos, atua na formação de líderes femininas independentes e focadas na promoção da filosofia liberal. Sua luta é para que cada vez mais mulheres entrem para a política, tendo a possibilidade de defender suas ideias e discutir assuntos relevantes.