Apesar de o partido ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo maior para registar as federações partidárias, lideranças do PT querem encerrar as negociações para a possível aliança de forma antecipada.
Caciques petistas atuam segundo a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, para que as tratativas com outras siglas de esquerda sejam concluídas antes de 1º de abril, quando acaba a janela partidária – período em que deputados podem mudar de sigla sem risco de perder mandatos.
Com o movimento, lideranças do do PT querem dar tempo para que parlamentares do PSB possam trocar de legenda, caso a federação entre as duas siglas não se concretize.
Lideranças petistas explicam que deputados do PSB já afirmaram, nos bastidores, que pretendem trocar de partido caso a federação entre pessebistas e petistas não seja concretizada.
Nesse cenário, dizem esses caciques, será necessário dar uma resposta sobre os rumos da união partidária a tempo de permitir uma troca de sigla. Seja para o próprio PT, seja para outras siglas da federação.
Além do PSB, os petistas negociam a formação de uma federação partidária com o PCdoB e PV.
Incógnita
Hoje, o PT aposta que o PSB estará no mesmo palanque que o ex-presidente Lula, mas a federação em si é uma incógnita, devido ao grande número de variantes que surgem a cada conversa sobre os palanques estaduais.
Além disso, a lista de exigências apresentada pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, não foi bem recebida entre petistas. Algumas demandas foram consideradas “absurdas”.
No início de fevereiro, o STF validou a constitucionalidade das federações partidárias e definiu que o prazo para a formalização da união fosse estendido até 31 de maio. Antes, o prazo se encerrava junto da janela partidária.