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sexta-feira 10 de abril de 2020 às 11:28h

Líder no combate à covid-19, Mandetta tem processos, supersalários e brigas

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Protagonista do governo federal no combate ao novo coronavírus no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), acumula processos, supersalários e polêmicas em seus 16 anos de carreira política — além de ser vítima de diversas fake news, nas últimas semanas.

Médico de formação, Mandetta, 55 anos, entrou para a política em 2005. Ele é ou foi alvo de pelo menos quatro processos na Justiça.

Três deles são relacionados à implantação de um sistema de integração de informações, quando foi secretário municipal de Saúde em Campo Grande (MS), de 2005 a 2010. O sistema custou R$ 8,1 milhões à União e, de acordo com a acusação do Ministério Público, nunca teria sido implantado.

Duas ações desse caso foram ajuizadas pelo MPF (Ministério Público Federal) e tramitam em segredo de Justiça, na 4ª Vara Federal de Campo Grande, desde 2015. Outra ação foi ajuizada pela Procuradoria Municipal de Campo Grande e acabou anexada no mesmo processo.

Em uma quarta ação, o ministro da Saúde foi acusado de fraudes em convênios com o Sindicato dos Policiais Civis, também no período em que era secretário de saúde de Campo Grande. De acordo com a denúncia, feita pelo MP-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), houve um repasse irregular e sem licitação da pasta, no valor de R$ 128 mil, ao sindicato. O caso foi arquivado.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministro, as acusações do MP a respeito do sistema de informações de Campo Grande são infundadas e serão arquivadas.

“Assim como o foram a ação envolvendo o Sindicato dos Policiais Civis, cujo processo já foi encerrado em 12 de fevereiro de 2019, com o ministro Luiz Henrique Mandetta declarado inocente”, afirma a nota enviada à reportagem do UOL.

Supersalários

Entre agosto e dezembro do ano passado, Mandetta acumulou pelo menos R$ 105 mil em gratificações extras por participação no conselho fiscal do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem), fora seu salário mensal de cerca de R$ 31 mil. Ministros de Estado possuem ainda direito a auxílios diversos para moradia e alimentação, por exemplo.

Pelas reuniões, foram R$ 21 mil a mais no contracheque todo mês, segundo o Portal da Transparência do governo federal. Não há informações deste ano.

Em dezembro, por exemplo, o salário bruto de Mandetta chegou a R$ 52 mil.

No Brasil, a Constituição determina que nenhuma autoridade, político ou servidor, deve ganhar mais que ministros do Supremo Tribunal Federal, valor hoje fixado em R$ 39,2 mil. As gratificações por participação no conselho de entidades e estatais, porém, não estão sujeitas a essa regra.

Questionada, a assessoria de imprensa do ministro afirma que o recebimento da gratificação é legal.

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