O Parlamento da Suécia confirmou o líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, como novo primeiro-ministro nesta segunda-feira, liderando uma coalizão minoritária de três partidos com o apoio do partido anti-imigração Democratas Suecos.
A coalizão dos partidos Moderado, Democrata Cristão e Liberal planeja cortar impostos, limitar benefícios, endurecer as regras de imigração e dar mais poderes à polícia como parte de um acordo político com os Democratas Suecos, que agora são o maior partido à direita após as eleições de setembro.
Não só Kristersson será dependente dos Democratas Suecos, um partido com raízes na supremacia branca, como seu governo enfrentará uma crise econômica, a guerra na Ucrânia e uma crise de custo de vida que fez disparar os preços dos alimentos e da eletricidade.
“A Suécia é um país que está passando por várias crises paralelas ao mesmo tempo”, disse Kristersson a repórteres.
Na eleição de 11 de setembro, o bloco de direita obteve uma pequena maioria, conquistando 176 assentos no Parlamento de 349 membros.
Os democratas suecos obtiveram 20,5% dos votos em setembro, contra 19,1% dos moderados, mas o líder democrata sueco Jimmie Akesson não conseguiu apoio suficiente para liderar um governo.
Até 2018, nenhum partido teria nada a ver com os Democratas Suecos. Mas sua mensagem de que décadas de políticas de imigração excessivamente generosas estão por trás de uma onda de tiroteios e crimes de gangues alcançou os eleitores.