O deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV-PE), líder do Partido Verde na Câmara dos Deputados, apresentou moção de repúdio por falas discriminatórias de Gustavo Jobim, diretor da Construtora Jobim, sobre doação de sangue por parte de pessoas lgbtqia+.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, Gustavo afirma que “aidético, puta e tatuado não podem doar sangue”. É importante ressaltar que as falas denotam desconhecimento sobre os critérios de triagem clínica e epidemiológica para candidatos a doação de sangue no Brasil.
Para Clodoaldo, é inadmissível ainda que sejam dados tratamentos discriminatórios, desiguais e desrespeitosos à população LGBTQIA+. “Não se pode restringir a qualquer grupo o direito de ser solidário, o direito de participar ativamente da sociedade. Reforço ainda que, o mundo inteiro se debruça na luta pela discriminação zero e nos choca muito vermos manifestações como esta, repletas de ignorância e preconceito”, comenta o autor na justificação do requerimento.
Em Pernambuco, quando deputado estadual, Magalhães foi autor da lei 17.221, de 22 de abril de 2021, da Assembleia Legislativa de Pernambuco, que pune práticas discriminatórias que impeçam ou dificultem a doação de sangue por parte da população homossexual.
O dia 1 de março é o Dia da Zero Discriminação. A data celebrada pelas Nações Unidas serve de alerta para combater o estigma e a discriminação de grupos específicos e pessoas que vivem com HIV, dentre outros.
É importante ressaltar que toda a comunidade apta clinicamente a doar sangue deve ser estimulada, para recomposição dos estoques dos bancos de sangue e que os materiais coletados nas doações de sangue são submetidos aos protocolos de segurança necessários, de forma a garantir a biossegurança para o doador, receptor e profissionais de saúde.