O movimento pela recondução do baiano Augusto Aras, atual procurador-geral da República (PGR), que havia praticamente deixado de existir, ganhou um empurrãozinho segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, na última quarta-feira (6).
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), se irritou porque seu favorito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carlos Adamek, não foi escolhido pelo presidente, e voltou a pressionar por Aras.
Wagner participou de uma conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na semana passada, em que o presidente disse expressamente que não iria reconduzir Aras.
Os senadores ali presentes expressaram predileção pelo nome de Aras, mas entenderam pela conversa que Lula tende a escolher Paulo Gonet, atual vice-procurador geral eleitoral.
A explicação dada pelo presidente da República é de que, com Aras, haveria “problemas de governabilidade” — um eufemismo que possivelmente quer dizer que Lula não confia nele como PGR.
Não foi a primeira vez que Lula foi taxativo ao dizer a interlocutores que não vai escolher Aras. O próprio Aras ouviu isso na conversa que teve com o presidente no Palácio do Planalto no meio de agosto.