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terça-feira 5 de julho de 2022 às 11:13h

Líder diz que governo Bolsonaro quer votar PEC dos Benefícios como veio do Senado

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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta terça-feira (5) que a intenção do Executivo é votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia e cria benefícios para a população na Casa da forma como passou no Senado.

“A ideia e o objetivo do governo é votar o texto como veio do Senado, sem alterações. Este texto da PEC dos Benefícios será incluído na PEC do Etanol na comissão especial, que hoje está completando as 10 sessões de discussão, e poderemos votar em plenário a soma dos dois textos que já foram votados pelo Senado sem alterações e aí a PEC vai à promulgação”, disse.

“Isto é o objetivo que temos para o cumprimento deste socorro emergencial de diversos setores do país que passam por esta crise gerada tanto pela pandemia quanto pela guerra Rússia-Ucrânia, que elevou muito o preço dos combustíveis”, acrescentou ele, em entrevista esta manhã à CNN Brasil.

Na véspera, o relator da PEC na Câmara, Danilo Forte (União-CE), informou que quer promover ao menos duas mudanças no texto que veio do Senado –suprimir dispositivos que estabelecem o estado de emergência e incluir motoristas de aplicativos dentre os beneficiários de novos auxílios.

Essas duas ideias estão sendo discutidas desde a segunda-feira em reuniões de lideranças da Câmara.

Como a proposta será anexada a outra PEC –a dos bicombustíveis–, a intenção é votar um texto comum já na quarta-feira, em comissão especial, e na próxima semana em plenário. A medida tem sido chamada por críticos de PEC “Kamikaze” diante do aumento dos recursos públicos a serem investidos.

O texto já aprovado pelo Senado reajusta o Auxílio Brasil em 200 reais, além do aumentar o Auxílio Gás para valor equivalente a 1 botijão de gás por bimestre, e não mais meio botijão. Também prevê um auxílio a transportadores autônomos de carga (TAC) de 1.000 reais por mês, auxílio a taxistas, a ser regulamentado pelo Poder Executivo.

Questionado sobre o fato de a medida estar sendo tomada a três meses das eleições, Barros respondeu que agora é que se encontrou o espaço fiscal para adotar a iniciativa. Afirmou também que outros países estão tomando medidas semelhantes para conter os reflexos inflacionários.

“Eles (outros países) não estão em eleição, mas a crise é agora”, afirmou.

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