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Líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) comentou em entrevista ao BNews, sobre a ação que o União Brasil, partido do prfeito Bruno Reis e ex-prefeito de Salvador ACM Neto, levou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a votação que elegeu antecipadamente Geraldo Júnior (MDB) para a presidência da CMS pela terceira vez seguida para o biênio 2023-2024.
De acordo com Vasconcelos, a medida adotada pelo partido do prefeito e ex-prefeito é “estranha”, visto que, segundo ele, o líder do governo na Casa, Paulo Magalhães Júnior, votou a favor da reeleição de Geraldo.
“É muito estranha essa iniciativa do União Brasil porque eles também, na sua maioria, votaram a favor da reeleição da mesa diretora da Câmara. Ficou muito estranho, até o lider do governo votou a favor. Como que agora eles estão entrando com ação? É algo muito estranho. Acho que eles tentaram jogar a nível nacional para fazer um jogo pelas duas pontas, tentando judicialmente inviabiliar a eleição e, enquanto isso, fica fazendo o jogo da Câmara, um jogo duplo, e acredito que não vai prosperar. As pessoas estão percebendo que esse campo aí vai perder a eleição para governador”, pontuou Augusto, destacando novamente que tem sido procurado por vereadores de situação para migrarem para a oposição.
“No seio da base governista, ligada ao prefeito, há muitas insatisfações. E há um processo de implosão dessa base políticas por vários fatores, dentre os quais estão as dificuldades enfrentadas pela gestão municipal e a sua relação difícil com o parlamento. Nós da oposição temos uma postura de muito respeito com todos os parlamentares, uma relação democrática, de convício democrático na Câmara, mas temos recebido uma série de conversas. Há muitas solicitações de conversas de parlamentares querendo migrar para a oposição. Não podemos antecipar nomes, nem cravar que isso vai acontecer, mas estamos com uma postura de construção”, disse.
A peça ajuizada pelo União Brasil é assinada pelos advogados Fabrício Medeiros e Ricardo Martins, que questionam a validade da emenda 39 que foi acrescida inserida na Lei Orgânica do Município de Salvador para viabilizar a recondução da Mesa Diretora da Câmara na mesma legislatura. Segundo eles, a manobra viola os “princípios republicano e do pluralismo político”.
