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quinta-feira 24 de fevereiro de 2022 às 14:35h

Líder da bancada evangélica reage à liberação de jogos: ‘guerra continua’

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A Câmara dos Deputados aprovou nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24) o texto-base do projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil, como o jogo do bicho, cassinos, bingos, corridas de cavalo e apostas eletrônicas, num revés sem tamanho para os aliados de Jair Bolsonaro ligados às igrejas evangélicas, que são totalmente contra a prática.

Segundo a revista Veja, o placar foi de 246 votos favoráveis, 202 votos contrários e três abstenções. Os deputados ainda votarão os destaques que podem mudar o texto original. Na sequência, o projeto vai para o Senado.

Bolsonaro disse recentemente que vetaria a proposta em caso de aprovação no parlamento, num aceno a uma fatia importante e influente de seu eleitorado no momento em que seu governo é mal avaliado, mas ao que tudo indica, dependendo do resultado da votação no Senado, derrubar o projeto de lei não será uma briga simples de comprar pelo presidente.

A votação desta madrugada contrariou o mandachuva da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante, que disse na terça ao Radar que a votação não prosperaria e que ficaria para depois do Carnaval. Ele reconheceu a derrota nesta quinta à coluna e atribuiu o revés à articulação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Para Sóstenes, a gestão de Bolsonaro tem sido alvo de fogo amigo de parlamentares aliados. “O presidente Bolsonaro pessoalmente nos ajudou muito. Entretanto, ontem vimos a liderança do governo liberar a orientação no painel. Vimos nessa hora que o líder do governo, Ricardo Barros, minutos antes de abrir a votação, já estava celebrando a vitória [da proposta de legalização]. Isso é uma indicação clara de que o governo é minado ideologicamente. O presidente faz uma coisa e a liderança faz outra”, disse.

O chefe da bancada evangélica disse que o caminho agora é conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar convencê-lo de não pautar a discussão na Casa.

“A estratégia daqui para a frente é conversar com o Pacheco, que não é do PP, um partido que sempre trabalhou em prol da legalização dos jogos de azar na Câmara e no Senado. Entendemos que o presidente é um homem de muito equilíbrio em todas as pautas. Vamos ter um diálogo com ele para que não seja pautado no Senado. Caso ele tenha que pautar, vamos montar todo o aparato de articulação. Essa foi só uma primeira batalha que perdemos, mas a guerra vai continuar”, disse.  A Câmara aprovou nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira o texto-base do projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil, como o jogo do bicho, cassinos, bingos, corridas de cavalo e apostas eletrônicas, num revés sem tamanho para os aliados de Jair Bolsonaro ligados às igrejas evangélicas, que são totalmente contra a prática.

O placar foi de 246 votos favoráveis, 202 votos contrários e três abstenções. Os deputados ainda votarão os destaques que podem mudar o texto original. Na sequência, o projeto vai para o Senado.

Bolsonaro disse recentemente que vetaria a proposta em caso de aprovação no parlamento, num aceno a uma fatia importante e influente de seu eleitorado no momento em que seu governo é mal avaliado, mas ao que tudo indica, dependendo do resultado da votação no Senado, derrubar o projeto de lei não será uma briga simples de comprar pelo presidente.

A votação desta madrugada contrariou o mandachuva da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante, que disse na terça ao Radar que a votação não prosperaria e que ficaria para depois do Carnaval. Ele reconheceu a derrota nesta quinta à coluna e atribuiu o revés à articulação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Para Sóstenes, a gestão de Bolsonaro tem sido alvo de fogo amigo de parlamentares aliados. “O presidente Bolsonaro pessoalmente nos ajudou muito. Entretanto, ontem vimos a liderança do governo liberar a orientação no painel. Vimos nessa hora que o líder do governo, Ricardo Barros, minutos antes de abrir a votação, já estava celebrando a vitória [da proposta de legalização]. Isso é uma indicação clara de que o governo é minado ideologicamente. O presidente faz uma coisa e a liderança faz outra”, disse.

O chefe da bancada evangélica disse que o caminho agora é conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar convencê-lo de não pautar a discussão na Casa.

“A estratégia daqui para a frente é conversar com o Pacheco, que não é do PP, um partido que sempre trabalhou em prol da legalização dos jogos de azar na Câmara e no Senado. Entendemos que o presidente é um homem de muito equilíbrio em todas as pautas. Vamos ter um diálogo com ele para que não seja pautado no Senado. Caso ele tenha que pautar, vamos montar todo o aparato de articulação. Essa foi só uma primeira batalha que perdemos, mas a guerra vai continuar”, disse.

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